O mercado de apostas esportivas no Brasil está prestes a entrar em uma nova era com a regulamentação iminente, e a KTO, uma das empresas mais dinâmicas do setor, mira conquistar 10% desse mercado em longo prazo. Fundada por Andreas Bardun, que também ocupa o cargo de CEO, a KTO aposta em sua estratégia de localização e no trabalho árduo para se consolidar como uma das líderes no segmento. Em entrevista ao iGB, Bardun expressou confiança no crescimento da empresa e no potencial do mercado brasileiro.
Uma história de crescimento e foco
A KTO iniciou suas operações no Brasil em 2019, atuando primeiramente em um único estado conquistando novo cassinos. Desde então, a marca investiu em patrocínios esportivos regionais e nacionais para aumentar sua visibilidade e conquistar a confiança do público. Esses esforços ajudaram a KTO a se posicionar como uma das marcas mais reconhecidas no setor.
Segundo Bardun, a meta de 10% de participação de mercado não é apenas um objetivo ambicioso, mas um marco necessário para se consolidar entre os líderes. “Acredito que qualquer pessoa deve ter como objetivo ter pelo menos 10% de participação de mercado no Brasil a longo prazo”, afirmou. Apesar de reconhecer que ainda há um longo caminho a percorrer, Bardun ressaltou o crescimento exponencial da empresa frente a concorrentes com maiores recursos financeiros. Em julho de 2023, a KTO apresentou sua solicitação de licença de apostas, posicionando-se entre os primeiros operadores a serem regulamentados no país. Com a previsão de lançamento de licenças para 1º de janeiro de 2025, a empresa está estrategicamente posicionada para aproveitar a expansão do mercado.
A competitividade do mercado Brasileiro
O Brasil atrai gigantes do setor que também entraram na disputa por licenças no país. De acordo com um estudo da International Betting Integrity Association (IBIA), o mercado brasileiro de apostas esportivas tem potencial de atingir um faturamento de US$ 34 bilhões até 2028, com ganhos brutos estimados em US$ 2,8 bilhões.
Apesar da forte concorrência, a KTO já demonstra força no mercado local. Uma pesquisa da ENV Media, realizada em julho, classificou a KTO como a terceira marca de apostas mais reconhecida e confiável no Brasil, com 9,1% dos entrevistados identificando a empresa. Nesse ranking, a KTO ficou logo atrás da Betfair (9,5%) e da Betano (9,4%), destacando-se como uma concorrente sólida.
Reorganização estratégica: foco total no Brasil
Em um movimento que evidencia sua determinação no mercado brasileiro, a KTO deixou de operar no Chile e no Peru no início de 2023. Segundo Bardun, essa decisão permite à empresa canalizar todos os seus recursos e esforços no Brasil. No entanto, ele não descarta um retorno ao Peru com um produto licenciado em 2025, caso as condições sejam favoráveis.
Bardun acredita que a experiência acumulada no Brasil coloca a KTO em uma posição privilegiada para aproveitar o crescimento do mercado, particularmente no segmento de cassinos online. “[O igaming] está crescendo e acho que continuará crescendo porque o mercado brasileiro ainda está engatinhando no momento”, comentou.
Trabalho e estratégia: os pilares do sucesso
Um dos diferenciais da KTO, de acordo com Bardun, é sua capacidade de maximizar recursos por meio de trabalho intenso e uma estratégia local bem definida. Ele destacou que, embora a empresa tenha começado com um investimento modesto, conseguiu competir com grandes players graças à dedicação de sua equipe. “Trata-se de trabalhar mais do que todos porque, se você não pode gastar mais, você tem que ser mais esperto e mais eficiente”, afirmou.
A abordagem pragmática da KTO já mostrou resultados expressivos, especialmente em um ambiente de regulamentação ainda em desenvolvimento. A marca está confiante de que seu modelo de negócios adaptado ao mercado brasileiro será fundamental para alcançar sua meta de participação de mercado.
Regulamentação: desafios e oportunidades
A jornada do Brasil para regulamentar o mercado de apostas esportivas tem sido marcada por desafios. A regulamentação final foi publicada apenas três semanas antes do prazo de 20 de agosto para pedidos de licenças prioritárias. Bardun opinou que o período de 90 dias foi curto demais para atender às demandas do setor e sugeriu que um prazo de 180 dias seria mais adequado.
Embora mais de 130 empresas tenham demonstrado interesse inicial em entrar no mercado brasileiro, o número final de pedidos ficou abaixo disso, refletindo as complexidades do processo. No entanto, empresas como a KTO, que concentraram seus esforços no Brasil, podem tirar proveito da concorrência reduzida e da familiaridade com o mercado local.
Perspectivas futuras
O Brasil representa uma oportunidade única para empresas de apostas, e a KTO está bem posicionada para crescer nesse cenário competitivo. Com uma base sólida construída desde 2019, a empresa aposta em sua estratégia de localização, parcerias esportivas e foco no mercado online para atingir suas metas. O segmento de cassinos online, em particular, tem demonstrado um crescimento acelerado, e Bardun acredita que a KTO está pronta para capitalizar essa tendência. “As apostas estão se voltando mais para o cassino, então acho que há muito mais espaço para crescer e amadurecer”, concluiu.
Com a regulamentação prevista para entrar em vigor em 2025, o mercado brasileiro promete ser um dos mais emocionantes do mundo. A KTO, com sua visão clara e abordagem inovadora, está determinada a se destacar como uma das principais marcas nesse novo capítulo das apostas esportivas no país.
