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Governo Pretende Privatizar a Raspadinha já em 2018

Lembra da última vez que você comprou um cartãozinho de raspadinha? Essa é uma das modalidades mais comuns das loterias, porém ela não é explorada no Brasil há alguns anos.

Isto deve se alterar em breve. De olho na arrecadamento que esta forma de jogo pode resultar, o governo incluiu a Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex) no projeto de parcerias de investimentos (PPI). O edital precisa sair até o fim deste ano e o leilão ocorre no primeiro trimestre de 2018.

O governo realiza pesquisas para a aquisição da Lotex por 15, 20 e 25 anos, que estão sendo analisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Mais exploração das loterias

Nos dias de hoje, esse modelo não é contemplado pela Caixa Econômica, que comercializa apenas loterias de sorteio (como a Mega-Sena), de números (Loteria Federal) e esportivas (como a Loteca e Lotogol).

Em 2016, o governo arrecadou algo próximo de R$ 13 bilhões com essas loterias, o que representa 0,2% do PIB. O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, defendeu, em texto divulgado no jornal Valor Econômico, que a renda com loterias pode constituir até 1% do PIB brasileiro.

Então, segundo Almeida ainda existe muito espaço para crescer. O situação preferencial do governo é da concessão por 25 anos, a maior delas. A avaliação do leilão é o maior pagamento por outorga e o mínimo que o governo quer arrecadar é R$ 916,6 milhões.

Para cativar investidores, o BNDES preparou pesquisas que apontam a capacidade de arrecadação de R$ 6 bilhões através do quinto ano de exploração da atividade das raspadinhas.

Além disso, o governo também aponta como mais elementos de atratividade o payout de 65%, o tempo que assegura o retorno de investimentos e o potencial a ser explorado.

As loterias no formato de raspadinha são capazes de explorar temas como marcas, emblemas, hinos, escudos e muito mais, todos ligados a entidades de futebol.

Porém há também planos para uma concessão menor. Outro acontecimento que está ganhando vigor é o de concessão por 15 anos com outorga mínima de R$ 500 milhões.

De acordo com o boletim, essas mudanças foram avaliadas depois de encerrada a ciclo de consulta pública, para cumprir inclusive a sugestões de empresas interessadas no leilão.

Gringos estão de olho

Existe também muita expectativa de chamar investidores estrangeiros. E muita coisa diz que os gringos realmente estão de olho neste mercado e querem uma fatia do bolo.

Almeida lembra que em Portugal, as raspadinhas representam metade do mercado de loterias. Na Europa, por experiência, há países que mantêm suas loterias nacionais, como Alemanha e Itália.

Em outros países por exemplo, grupos formados por várias empresas administram loterias que existem em mais de um país, como é o caso da Euromillions, que são encontradas em oito países. (Gazeta do Povo – Fernanda Trisotto)

 

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